Período Napoleonico
1. A ascensão de Napoleão
Passados dez anos do inicio da revolução, a França estava longe da estabilidade política, econômica e social desejada.
De um lado, a ordem era perturbada por pressões populares, que exigiam medidas capazes de acabar com a pobreza e a miséria em que vivia grande parte da população do campo e das cidades.
De outro, a burguesia, camada social que havia liderado a revolução, via seus negócios sucumbirem em função das constantes crises econômicas e políticas e cobrava mudanças no governo.
Para completar o cenário, vários paises europeus conspiravam e guerreavam para pôr fim ao regime revolucionário na França.
Em meio a esse caos, desponta vitorioso no campo de batalha um jovem oficial chamado Napoleão.
Seu prestigio se consolidaria entre 1796 e 1797, período em que combateu na península Itálica e no Egito os inimigos externos da revolução.
Napoleão representava a alternativa política ideal para solucionar os problemas franceses.
Era visto como herói pela população e considerado líder pela burguesia.
Respaldado por tanta popularidade, comandou em 1799 um golpe de Estado contra o Diretório e tomou o poder.
Como ainda vigorava o calendário revolucionário, o episodio ficou conhecido como Golpe do 18 de Brumário.
Um mês depois de Napoleão assumir o poder, entrou em vigor uma nova Constituição e foi criado o Consulado – um governo republicano com aparência democrática, mas que na pratica se revelou ditatorial.
Apoiado pela maior parte da população e investido de amplos poderes, Napoleão procurou restabelecer a ordem interna, reorganizar a administração publica e reduzir a inflação.
Com isso, a economia voltou a crescer. Normalizou também as relações com a Igreja, rompidas desde 1790.
Outra medida importante de seu governo foi a criação do Código Civil (ou Código Napoleônico), reunindo princípios do Direito romano, das ordens reais e da legislação civil e criminal vigente durante a revolução.
No plano