Perspectivas acerca dos indígenas- VARNHAGEN
Percebendo o Brasil como uma obra iluminada por Portugal, que só terá seu futuro e desenvolvimento sob a tutela do branco católico, quando falamos branco católico nos referimos à elite, ao o portador de títulos e meios comerciais, para assim se chegar à civilização, a evolução e o progresso. O papel do indígena para a sociedade estava legado as sombras da involução e da barbárie.
Tentando provar que a vida nômade dos indígenas atestava a não atribuição de posse do território ocupado, tornando assim valida a natureza de quem chegasse e tomasse posse poderia ter o usufruto. Para Varnhagem o índio apresenta costumes e bárbaros e selvagens incapazes de civilização. Sendo esse um pensamento geral no período em questão.
O autor acaba por reduzir toda a miríade de tribos e etnias indígenas, com dialetos e costumes diversos e diferentes a uma única raça, o Tupi. Utilizou a linguística para investigar e poder melhor compreender os “Tupis”. Classificando todos os gentios em uma única raça devido a sua língua comum.
O autor encara a catequese ministrada pelos jesuítas, mesmo que necessária, uma pseudofilantropia, pois os mesmos eram contra a escravidão dos gentios, o que era uma necessidade para o colonizador, mas utilizavam de seu trabalho.
É clara a percepção, ao longo da leitura, sua aversão a esse povo que “Nem sequer mereciam o nome de bárbaros: eram selvagens”, ele reduz assim o indígena a um estado inferior a barbárie, ele é sim, um puro selvagem.
Para Varnhagen o que os indígenas viviam não era nem a sombra de uma sociedade organizada, ele não via formas sociais, representações sociais ou culturais naquele amontoado de gente nua e sem Deus.
Varnhagen x Capistrano de Abreu
Capistrano surge na historiografia nacional com uma concepção do índio diferente da dominante na época.
Capistrano enxerga a cultura, e demonstra o índio como agente transformador do ambiente, e salienta suas ações e invenções, e sua capacidade