Perspectiva
Na antiguidade egípcia, muito antes do surgimento dos processos de perspectiva, as pinturas e desenhos normalmente utilizavam uma escala para objetos e personagens de acordo com seu valor espiritual ou temático; por exemplo, o faraó fatalmente era representado em tamanho maior que o de seus súditos. Iconograficamente a tradição impunha que os elementos retratados tomassem a forma mais fácil de reconhecimento, o que terminava por fragmentar os "modelos" a
Pintura do antigo Egito
partir de pontos de vista frontais.
Os gregos, depois de terem seus desenhos fortemente influenciados pela lei da frontalidade, partiram para o naturalismo e quase descobriram as leis da perspectiva geométrica, mas uma experiência malsucedida os afastou dessa ideia, pois os corpos mais distantes se projetaram maiores no plano de projeção, quando na realidade o que está mais distante deve parecer menor.
Ilustração da Histoire d'Outremer de Guillaume de Tyr, entre 1200 e1300. As arestas paralelas dos objetos, ao se distanciarem do observador, fixo, deveriam convergir para um ponto (ponto de fuga), porém, elas não o fazem.
Durante o período medieval alguns estilos abandonaram por completo qualquer intenção de se alcançar uma ilusão visual de profundidade. No entanto, a influência dos esforços gregos (e romanos, em evolução à arte grega) permaneceu viva e os artistas pré-perspectivistas usaram as linhas diagonais como formas de obtenção de espaço, embora não tenham se dado conta da existência ao ponto de fuga.
Giotto foi um dos primeiros artistas italianos, já em um contexto que se aproximava do Renascimento naquele país, a utilizar-se de métodos algébricos para determinar a distância entre linhas. No entanto, tal método possuía deficiências e não retratava fielmente uma sequência de linhas em um determinado campo visual.
Jesus diante de Caifás, Giotto, 1305.
Em meados do século XV, no período da história conhecido como quatrocento, esse "ponto de
vista"