Permanecer ou sair da caverna?
Ex-viciado em crack supera vício, passa em concurso e tenta vestibular
Sem dinheiro e sem casa, ele foi parar na Casa de Acolhida, em Goiânia.
Eduardo se casou e sonha em ser psicólogo: 'Quero ajudar outras pessoas'.
Após viver 10 anos no mundo das drogas e ir parar nas ruas de Goiânia, o auxiliar de serviços gerais Eduardo Matos, 30 anos, é exemplo de superação. Além de se livrar dos vícios, ele passou em um concurso público, se casou e agora quer entrar na universidade: "Sonho em ser psicólogo".
A mudança de vida de Eduardo começou no lugar onde passam, diariamente, dezenas de sem-teto e moradores de rua: a Casa de Acolhida, um albergue mantido pela prefeitura de Goiânia. Em cinco meses como albergado, trocou a rotina de usuário de drogas por grupos de recuperação para dependentes químicos. Hoje trabalha no local que o acolheu como auxiliar de serviços gerais. "Quero me desenvolver mais, até mesmo para ajudar outras pessoas", explica.
Usuário de drogas há muitos anos, Eduardo conta que deixou a casa da mãe, em meados de 2011, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, e saiu vagando por cidades do interior de Goiás até chegar à capital. Ele deu entrada na Casa de Acolhida em novembro do mesmo ano, sem dinheiro, sem casa, vários quilos mais magro e dependente químico. "Eu usava tudo. Comecei com maconha, depois fui para a cocaína e o crack. Estava mesmo no fundo do poço", recorda.
Longe das drogas há pouco mais de um ano, Eduardo admite que leva a vida com algumas