O Mito da Caverna
PLATÃO. A República. S. Paulo: Martin Claret, 2000. 320 pag. Livro VII pág.210-238.
O livro VII de A República, obra do filósofo Platão, relata através de uma alegoria, a função do conhecimento, cuja procura se dá através da filosofia. Para isso, Platão utiliza-se da alegoria de uma escura caverna subterrânea, onde há homens acorrentados, desde pequenos, de modo que a única forma de realidade à qual estão submetidos, são as sombras de objetos que se projetam nas paredes. Para o discorrer do diálogo, Platão escolheu Sócrates e Glauco, um de seus discípulos, que fica a imaginar a descrição de Sócrates da caverna como dito a seguir.
Imagine uma caverna escura embaixo da terra, dentro dela há homens que estão acorrentados desde a sua infância, ficando imóveis olhando para uma posição fixa. Dentro da caverna existe apenas uma pequena claridade que vem de fora, e os prisioneiros enxergam dentro da caverna as sombras dos transeuntes passando, animais feitos de pedra e outros seres mais variados. Durante toda a sua vida dentro da caverna, cada prisioneiro viu apenas as sombras que vinham de fora, as vozes de quem estava no exterior conversando, além de seus próprios companheiros. Certo momento, é dada a oportunidade para que um desses prisioneiros saia da caverna para contemplar o mundo exterior. De início, ele sente as dores das correntes e começa a grande e íngreme escalada até o topo da caverna. Ao conseguir sair, o prisioneiro percebe que ficou temporariamente cego por conta do impacto com a luz do sol, após isso, depois de seus olhos se recuperarem, ele começa a observar essa nova realidade figuras mais reais, cheias de detalhes, causando-lhe extrema perplexidade a complexidade deste mundo verdadeiro. Assim, deslumbrado por conseguir finalmente ver a realidade, o prisioneiro começa o caminho de volta para a caverna, no intuito de contar aos seus companheiros tudo o que viu e libertá-los do cativeiro. Porém, a volta é tão difícil quanto a