Periodo regencial
27/06/2008
Período regencial
O Período regencial brasileiro (1831-1840) foi o intervalo político entre os mandatos imperiais da Família Imperial Brasileira, pois quando o Imperador Pedro I abdicou de seu trono, o herdeiro D. Pedro II não tinha idade suficiente para assumir o cargo. Devido à natureza do período e das revoltas e problemas internos, o período regencial foi um dos momentos mais conturbados do Império Brasileiro.
Cabanagem
No auge de sua revolta, os cabanos proclamaram a república, em agosto de 1835, e declararam o Pará separado do império do Brasil.
Chamou-se cabanagem a rebelião que, marcada por enorme violência, irrompeu na província do Grão-Pará (Pará e Amazonas atuais) logo após a abdicação de D. Pedro I e mobilizou as camadas mais pobres da população contra o poder central e as elites, sobretudo os portugueses. O primeiro levante ocorreu em 2 de junho de 1831, liderado pelo cônego João Batista Gonçalves Campos, conhecido como Benze-Cacetes. Após um período de trégua, ressurgiu com maior violência, poucos anos depois. Na fazenda do Acará, de propriedade de Félix Antônio Clemente Malcher, organizou-se uma revolução para destituir o então presidente Bernardo de Souza Lobo. Malcher assumiu o governo em janeiro de 1835 e nomeou comandante de armas o tenente Francisco Pedro Vinagre, mandando executar o presidente, juntamente com o comandante de armas, coronel Joaquim José da Silva Santiago, e o capitão-de-fragata Guilherme James Inglis.
Em breve, porém, deposto pelos "vinagristas" insatisfeitos, Malcher foi morto e arrastado pelas ruas de Belém. Meses depois, Vinagre foi também derrubado por outro chefe cabano, Manuel Jorge Rodrigues. Pondo-se à frente dos revoltosos, Eduardo Francisco Nogueira, o Angelim, de 23 anos, conseguiu tomar o poder das mãos de Rodrigues. Este refugiou-se na ilha de Tatuoca, onde foi encontrá-lo, em março de 1836, o brigadeiro Soares de Andréia, depois barão de Caçapava, nomeado