História do perfume O ser humano sempre foi fascinado por cheiros, mas foi no Egito Antigo que a elaboração de aromas se tornou uma arte. No início, seu uso era exclusivamente sagrado, em templos para deuses ou para homenagear os mortos. Por volta de 2000 a. C., no entanto, os sacerdotes que faziam perfumes perceberam que eles podiam ser uma boa fonte de lucro, e acabaram transformando seus templos em “laboratórios de perfumaria”. Sua utilização era restrita a faraós e membros da corte, mas logo seu uso se difundiu pelo resto da população, que queria um toque de frescor ao clima árido do Egito. Para os egípcios, era muito importante contar com essas essências, tanto que as primeiras greves de que se tem notícia as envolviam. Em uma delas, soldados egípcios cortaram o fornecimento das essências, e em outra peões se revoltaram contra a escassez de comida e perfumes. No século IX, o químico árabe Al-Kindi escreveu “Livro da Química de Perfumes e Destilados”, que continha centenas de receitas de aromas variados. Além disso, descrevia cento e sete métodos para a perfumaria. Até hoje, vários termos usados na fabricação de perfume derivam do árabe. Já o químico persa Avicenna introduziu o processo de destilação (extração de óleos a partir de flores), que é o mais utilizado até hoje. Antes de sua descoberta, os perfumes eram misturas de óleo com ervas ou pétalas amassadas, que criavam uma mistura forte. Os de Avicenna eram mais delicados, e logo se tornaram populares. A destilação influenciou muito a perfumaria ocidental e desenvolvimentos científicos. Na Europa, se tem notícia da arte da perfumaria desde 1221, quando monges italianos fabricavam essências. Em 1370, os húngaros desenvolviam essências feitas a partir de óleos aromáticos misturados com uma solução de álcool, conhecida como “Água Húngara”. Na Itália, durante o Renascimento, a arte da perfumaria prosperou muito. No século XVI, o perfumista pessoal de Catarina de Médici, Renato Il Fiorentino, levou