Perfil e habilidade do jurista: razão e sensibilidade. Bistra Stefanova Apostolova
Bistra Stefanova Apostolova
A princípio trata a autora do poder judiciário, e ainda mais especificamente do motivo que condiciona a vocação do juiz. Questiona-se sobre o que leva um ser humano a assumir tal cargo, se pelo desafio de enfrentar e valorar conflitos, ou se o que os motiva é o poder não acessível de homens comuns.
Cita o personagem Ivan Ilich da obra de Leon Nikolaevich Tolstoi que atingiu a magistratura, era possuidor de inteligência, educação e disposição. Percebeu o grande poder que envolvia o cargo que exercia, e tratou de impor ao processo judicial a exclusão de considerações alheias ao aspecto legal, afim de garantir a irrelevância de sua opinião pessoal, e tratar-lhe da maneira impessoal, formalista e positivista. Ao ser tratado por um médico de maneira também impessoal e formal, no fim de sua vida, o personagem passa a questionar-se a respeito de seus métodos.
Após a citação, e breve narrativa da obra de Tolstoi a autora deixa claro sua aversão ao posicionamento de Ivan Ilich e passa a realizar a sua própria concepção pessoal da problemática inicial. Considera que a atuação do magistrado parte de uma limitação temporal, uma vez que a problemática social está fortemente atrelada a essa mesma questão. E a criticar a formação dos operadores de direito pela falta do debate desses conflitos contemporâneos ambiente acadêmico.
Exalta uma crise no Poder Judiciário em 1970 e considera que a causa se dá porque os nossos juízes perderam o foco do seu trabalho, qual seja, o de serem mediadores centrais dos conflitos contemporâneos sociais, por serem inaptos a extrapolar os limites da estrita legalidade.
Passa a criticar o imaginário dos juízes, dizendo ser insuficientes para lidar com as modernas questões sociais. E volta a sugestionar que na formação dos magistrados deve-se