Perdão
O início
Meu nome é Luciano Lopes e sou um brasileiro como qualquer outro. Quando criança, no interior do Piauí, trabalhava muito na lavoura e sempre apanhava do meu pai, nordestino e que educou seus filhos assim como foi educado por seu pai, porém eu tinha um tio, Edivan, irmão do meu pai, que fazia o papel de bom pai. Meu pai era a mão que batia e meu tio era a mão que amparava e acolhia.
Já com certa idade, um assassinato na nossa família fez com que meu tio ficasse revoltado e entrasse para o mundo do crime, buscando fazer justiça com suas próprias mãos. Em conflito com as autoridades da minha cidade, meu tio passou a ser alvo do prefeito, que buscava prendê-lo ou matá-lo, então ele saiu da cidade, deixando tudo para trás, inclusive eu.
O assassinato
Após muitos anos fugindo pelo Brasil, meu tio foi para Brasília e lá começou a trabalhar, construiu família, conheceu um pastor evangélico e estava realmente começando a mudar sua vida. Infelizmente, em uma noite ele encontrou um velho amigo, saíram no meio da noite e envolveram-se em uma briga, onde meu tio apanhou muito. Cheio de raiva, arrumou uma arma, voltou ao local e assassinou várias pessoas.
Novamente se iniciou a fuga do meu tio, até chegar a uma cidade vizinha de nossa cidade, onde começou a se estabelecer. O prefeito da minha cidade, que ainda queria matá-lo, descobriu que ele estava morando nessa cidade, armou uma emboscada para ele, junto com vários homens, e assassinaram cruelmente o meu tio, com mais de 20 tiros.
A dor
Eu, aos 13 anos de idade, vivia este momento de extrema dor. Havia perdido a mão que me amparava, o meu pai que eu amava. O ódio se acendeu em meu coração de uma maneira que eu não podia controlar.
A vingança
A morte do meu tio Edivan gerou em mim uma sede de vingança, que se tornou meu propósito de vida. Tudo o que eu queria era matar aqueles que mataram meu tio. Cada vez que me lembrava do seu enterro e do juramento que fiz a ele naquele momento, mais