Percepção visual
As imagens são formadas na nossa mente de dois modos possíveis: pela recepção de um estimulo visual externo, que permite a retenção de uma imagem perceptual ou porque recordamos e activamos imagens armazenadas na nossa memória.
A percepção visual não opera com a fidelidade mecânica de uma máquina fotográfica, registando imparcialmente todos os pormenores de um objecto ou cena observados. Quando olhamos captamos algumas características proeminentes dos objectos, aquilo que mais os caracteriza em temos formais, os traços relevantes que determinam a identidade do objecto percebido fazendo-o parecer um padrão integrado completo. Quando isto não acontece, ou seja, quando não é reconhecido no objecto observado esta integridade o todo torna-se irreconhecível. Estas estruturas globais revelam o carácter do objecto e é esse carácter apreendido que nos permite o seu reconhecimento posterior.
Isto acontece porque possuímos uma tendência para a configuração mais simples, dirigindo as actividades do nosso organismo a um nível fisiológico e psicológico bastante básico
Um estímulo visual que é recebido possui um padrão específico de qualidades sensoriais gerais (como por exemplo a rotundidade, o peso, o sabor e a cor no caso de uma maçã), que definem o seu carácter e que nos permite identificar o objecto responsável por esse mesmo estímulo. Estas características definem configurações como tamanho, forma geométrica, cor e textura que nos permitem percebem o que vemos.
Quer isto dizer que para podermos conhecer algo é necessário ver primeiro, o estímulo visual é indispensável, alimentando-nos constantemente para podermos gerar imagens. Estes estímulos visuais de que nos alimentamos permitem o armazenamento na nossa memória de um importante volume de informação visual que será activado sempre que necessário. As imagens mentais que construímos daquilo que vemos sãos imagens híbridas criadas parcialmente da memória e parcialmente dos nossos olhos,