percepcao e sensacao
Metabolismo do cálcio A regulação precisa dos estoques corporais de cálcio e da concentração de cálcio junto aos compartimentos extra e intracelular é definitivamente importante pelos seguintes motivos: o cálcio é o principal componente mineral do esqueleto; exerce papéis fundamentais na transmissão neurológica, contração muscular e coagulação sanguínea; e atua como sinal intracelular ubíquo. Uma faixa de concentração sérica de cálcio típica laboratorial vai de 8,8 a 10,5 mg/dL, e 50 a 60% do cálcio presente no sangue encontra-se ligado a proteínas plasmáticas ou complexado ao citrato e fosfato. O cálcio ionizado (livre) restante controla as ações fisiológicas. O corpo regula não só as concentrações de cálcio ionizado como também a entrada e saída de cálcio de seu principal sítio de armazenamento – os ossos – por meio da atividade do paratormônio (PTH) e da 1,25-di-hidroxivitamina D3 (1,25-(OH)2-D3) [Figura 1]. O PTH, secretado pelas glândulas paratireoides, consiste em um peptídeo composto por 84 aminoácidos, cuja meia-vida plasmática é bastante curta (2 a 4 minutos). O colecalciferol (vitamina D3) é gerado na pele, mediante exposição à luz ultravioleta, além de ser fornecido pela dieta (principalmente derivados de leite líquidos enriquecidos). No fígado, a vitamina D3 é hidroxilada em 25-(OH)D3 que, por sua vez, é hidroxilado nos rins em 1,25-(OH)2-D3 (calcitriol), cuja potência é notavelmente maior. De forma conjunta, este sistema atua no trato gastrintestinal (GI), ossos e rins, além de manter o controle rígido das concentrações de cálcio ionizado circulante (variação < 0,1 mg/dL), apesar das variações significativas do suprimento de cálcio. Figura 1. As concentrações circulantes de cálcio ionizado são mantidas sob controle extremamente rígido pelo paratormônio (PTH) e pelo eixo da vitamina D. A absorção do cálcio da dieta pelo trato gastrintestinal (GI), redução da excreção de cálcio pelos rins e liberação do