Peptideos bioativos
PEPTÍDEOS BIOATIVOS DE PRODUTOS LÁCTEOS
Introdução
As proteínas do leite estão divididas em dois grupos principais: o grupo das caseínas (78% a 80%) e o grupo das proteínas do soro ou soroproteínas (20% a 22%), conforme mostrado na Tabela 1. Além de exercerem diversas funções básicas de nutrição (fonte de aminoácidos para síntese protéica e de energia) e tecnológicas (propriedades funcionais e sensoriais), essas proteínas possuem regiões dentro de sua estrutura primária que codificam atividades latentes de proteção e regulação das funções biológicas. Muitas delas possuem propriedades biológicas específicas, que fazem desses componentes potenciais ingredientes de alimentos promotores de saúde. As Tabelas 2 e 3 apresentam, respectivamente, as atividades biológicas das principais proteínas do leite e das principais proteínas do soro. modulam a função fisiológica ao se ligarem a receptores específicos da célula alvo, levando a indução de respostas fisiológicas. Os PBAs contêm de 3 a 20 resíduos de aminoácidos por molécula e normalmente são inativos dentro da seqüência da molécula. Estudos têm identificado um grande número de seqüências de PBAs nas proteínas do leite, além das condições para sua liberação. Devido ao grande número de PBAs codificados em sua região primária, as proteínas do leite são consideradas, no momento, as principais fontes conhecidas de uma variedade de PBAs (veja Tabela 4). Muitos destes PBAs possuem propriedades biológicas específicas, que fazem desses componentes potenciais ingredientes de alimentos promotores de saúde. Além dos estudos envolvendo identificação e condições para a liberação dos PBAs, há também estudos mostrando que estes peptídeos exercem várias atividades biológicas “in vitro” e “in vivo” e que alguns deles possuem propriedades multifuncionais. Por administração oral, dependendo da seqüência de aminoácidos, os PBAs podem afetar os principais sistemas corpóreos - cardiovascular, digestivo, imune e nervoso.