PENSAMENTO LIBERAL E CRISES ECON MICAS
Falando sobre o pensamento liberal e crises econômicas temos o mercantilismo que provocou grandes distorções no setor produtivo das economias, como abandono da agricultura em benefício da indústria, excessiva regulamentação e intervencionismo exagerado do Estado nos negócios privados. Aos poucos, porém, foram surgindo novas teorias sobre o comportamento humano, de cunho liberal e individualista, mais de acordo com as necessidades da expansão capitalista. Como foi visto, o capitalismo foi um sistema que emergiu dos artesãos e comerciantes que se tornaram financistas e grandes empreendedores. Eles recebiam a oposição da nobreza, grandes proprietários de terras, que possuíam privilégios, não pagavam impostos e muitas vezes recebiam rendas vitalícias do Estado.
Segundo a doutrina fisiocrática (A primeira escola econômica de caráter científico constituida na França), a sociedade é formada pelas classes produtiva (agricultores), pela classe dos proprietários de terras e pela classe estéril, compreendendo esta última todos os que se ocupam do comércio, da indústria e dos serviços. A agricultura era considerada produtiva por ser, para os Fisiocratas, o único setor que gera valor.
A idéia de classe estéril resultou da reação fisiocrática contra a doutrina mercantilista. A moeda passou a ter apenas função de troca e não de reserva de valor, pois este encontra-se somente na agricultura. A indústria e o comércio constituem desdobramentos da agricultura, pois apenas transformam e transportam valores.
No entanto, não era isso que se via na prática: a agricultura era penalizada pela ação discriminatória do Estado. Quando havia boas colheitas, a abundância de produtos reduzia os preços, pois os produtos não podiam ser escoados de regiões com produção abundante para regiões com produção insuficiente. Em caso de más colheitas, a escassez resultante de produtos tendia a aumentar os preços. No entanto, os controles de preços do Governo, para