Pensamento económico de j.b. say
Foi neste contexto que um pensador econômico da época, Jean Baptiste Say, no seu livro "Tratado de economia Política" observou o comportamento destes comerciantes o qual consistia, basicamente, em "transferir recursos econômicos de uma área de baixa produtividade para uma área onde ela é maior e ofereça uma maior rentabilidade". Pois no seu entendimento um indivíduo não poderá comprar nada se não produzir nada.
Portanto, "os capitais, nas mãos da indústria, são um instrumento indispensável, sem o qual ela não produziria. É preciso, por assim dizer, que elas trabalham em combinação com ela. Essa combinação ou concerto que chamo de o serviço produtivo dos capitais".
Essa combinação, contudo, pode não agradar a todos porquê "a introdução das mais preciosas novidades vem sempre acompanhada de algum inconveniente – certos interesses sempre estão ligados ao emprego de um método viciado, sendo então contrariados pela adoção de um método melhor".
Diferentemente de Smith, Say entendeu o funcionamento da indústria, para cujo estímulo "não basta o consumo puro e simples: é preciso favorecer o desenvolvimento dos gostos e das necessidades que fazem nascer nas populações a vontade de consumir, assim como, para favorecer a venda, é preciso ajudar os consumidores a obterem ganhos que os capacitem comprar".
Esta é a base do funcionamento da economia para Say. Ele viu a necessidade da troca de renda entre operários e empresários, sem a qual aqueles não poderiam comprar os produtos destes. Além disso, estes
"produtos criados fazem nascer demandas diversas, determinadas pelos costumes, necessidades, situação dos capitais, da indústria e dos agentes naturais do país; as mercadorias mais procuradas são aquelas que apresentam, pela concorrência dos que a procuram, os maiores lucros para os capitais a elas consagrados, os maiores lucros para os empresários e os melhores salários para os operários e são essas mercadorias preferencialmente produzidas".
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