pensadores
O princípio fundamental da obra de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) é que o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade. Publicou, em 1762, suas obras principais, Do contrato social – sua concepção de ordem política – e Emílio – tratado sobre educação, no qual prescreve a formação de um jovem fictício, do nascimento aos 25 anos. O objetivo é não só planejar uma educação com vistas à formação futura, mas também propiciar felicidade à criança enquanto ela ainda é criança. Rousseau intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor de Maria Montessori e John Dewey. Para Rousseau, a criança deveria ser educada em liberdade e viver cada fase da infância na plenitude de seus sentidos. Ele condenava os métodos de ensino utilizados até ali, por se escorarem na repetição e memorização de conteúdo, e pregava sua substituição pela experiência direta por parte dos alunos, a quem caberia conduzir, pelo próprio interesse, o aprendizado. Mais do que instruir, para Rousseau, a educação deveria se preocupar com a formação moral e política.
ÉDOUARD CLAPARÈDE
Na história da educação, o nome do psicólogo suíço Édouard Claparède (1873-194) se encontra num ponto de confluência de várias correntes de pensamento. Sua obra favoreceu o desenvolvimento de duas das mais importantes linhas educacionais do século XX, a Escola Nova e o cognitivismo. Muitos pensadores antes de Claparède pregaram a importância de, na prática pedagógica, se levar em conta os processos mentais e a evolução das crianças, mas o faziam de um ponto de vista intuitivo. Claparède, que tinha formação em Medicina, pretendeu construir uma teoria científica da infância. Na introdução de seu livro Psicologia da criança e Pedagogia experimental, o psicólogo diz que o ensino precisaria se basear no conhecimento das crianças. Claparède defendia uma abordagem funcionalista da psicologia. Surge a noção