pena de morte
Onde, como e por que a punição capital ainda é uma realidade
Apesar de muitos considerarem um “barbárie” ou uma solução “medieval”, a pena de morte ainda é praticada por 37 dos 195 países membros ou observadores das Nações Unidas. Outros 50 possuem leis de punição capital em voga, mas utilizam mecanismos como a moratória para evitá-las. Sete a preveem em situações excepcionais, como guerras, e 101 países aboliram sua prática.
Mas apesar de ser cada vez mais rara e condenada por uma grande variedade de órgãos internacionais, a pena de morte ainda é uma realidade, varia muito de país para país e os motivos de sua aplicação podem ser culturais, religiosos, históricos ou até mesmo uma medida extrema para crimes que saem do controle do Estado e viram “epidemias”.
ÁSIA
A Ásia (do Oriente Médio ao Pacífico) concentra a maior parte dos países em que a pena de morte é praticada, com 24 de seus 50 estados soberanos matando pelo menos um civil em seu território por ano e de maneira legitimada pelo Estado. Os quatro maiores praticantes da pena de morte estão no continente: China, Irã, Iraque e Arábia Saudita, segundo a Anistia Internacional — que afirma não ser possível saber com exatidão o número de morte em cada um desses países.
Na China, uma ditadura, estima-se que mais de 2 mil pessoas foram mortas em 2013 e nada indica que os números de 2014 sejam menores. Com a segunda maior população carcerária do mundo, de mais de 1,7 milhão de presos, e um governo opressor, não há país que se aproxime da China na aplicação de pena de morte, que acontece por injeção letal e fuzilamento.
No Irã e na Arábia Saudita, uma teocracia e uma monarquia absolutista, respectivamente, os números também são grandes. Na terra do aiatolá Khamenei, mais de 300 pessoas foram mortas em 2013 (todas por enforcamento). Já na terra da Família Saud, as mortes foram mais de 70, a maioria por decapitação (método que não é utilizada em nenhum outro país) e algumas vezes por