Pena de morte
McVeigh agiu como um bárbaro, todavia, um Estado que mata, ainda que seja após um julgamento com amplo direito de defesa, também age como bárbaro. A diferença entre o mundo civilizado e a barbárie está justamente no fato de que o primeiro repudia os métodos do segundo. Direitos humanos - e o direito à vida, que é o mais primordial deles - são indisponíveis; todos, indistintamente, têm direito à vida, até mesmo quem não respeita este direito.
Canso de ver gente que torce o nariz para direitos humanos, mas se diz alguém temente a Deus e ainda assim defende a pena de morte, dizendo, sem saber apontar onde, que a Bíblia a admite. Pois não a admite, pelo contrário, repudia. Quando Deus descobriu que Caim havia matado Abel, baniu-o. E Caim disse: "mas todo aquele que me encontrar me matará.". Então Ele colocou uma marca em Caim para que todo aquele que o encontrasse não o matasse. Maldito 70 vezes 7 será aquele que matar Caim. Está no Gênesis, basta conferir.
Mas há ainda aqueles que não temem a Deus e defendem a pena de morte. Pois bem, quem não acredita em Deus, não acredita também em vida eterna. Então, para que enviar o assassino para o nada (ou para a reencarnação), não é melhor que ele pague aqui, aos olhos da sociedade, servindo de exemplo e, quiçá, de objeto de estudo, o crime que fez, trabalhando para compensar de alguma forma o mal