Peixe grande
Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas
Edward Bloom está perto da morte, momento de liquidar as pendências com o filho adulto, o jornalista Will, um rapaz que se sente enganado, e pensa não conhecer a verdadeira vida do pai, um crônico contador de histórias imaginárias. Vemos estabelecido ao longo de todo esse filme um não entendimento do filho de Ed, quando o pai lhe diz que os casos são todos reais. Percebemos que a objetividade jornalística de Will acaba fazendo com que busque investigar, a vida do pai. As lembranças de Ed são fantásticas, e temos ao longo delas a oportunidade de acompanhar toda a historia de sua vida até o final comovente em se encerra sua trajetória. Conhecemos então, em lembranças, um Ed Bloom jovem, luminoso, sedutor, esforçado, audacioso, as voltas com suas aventuras incríveis, sempre colocado em situações “fantasiosas” num circo, durante uma guerra, num pântano que o leva a um cidade encantadora, da qual um dia será o salvador; enfim uma vida com a qual muitas vezes também penso ter desejado ter. A tarefa de relacionar o filme em questão, com os conteúdos de sala de aula, em ralação a escuta psicanalítica, e com os textos de Maud Mannoni, se mostra hoje algo em que consigo produzir uma reflexão não tão angustiante, como talvez tivesse sido se a mencionada tarefa me fosse proposta no começo desta disciplina. O caminho percorrido até aqui foi sem duvida “árduo”, e foi preciso que muitos dos conhecimentos, ou melhor, dos conhecimentos imprecisos que eu julgava alicerçados em mim, fossem demolidos um a um para então poderem dar lugar a uma busca de uma “estrutura” mais isenta, ou melhor, menos pretensiosa. Num dos testos trabalhados em sala de aula João Augusto (1989) traz uma importante contribuição para esta discussão que tivemos ao longo de um semestre, e que parece me acompanhará ao longo de toda minha vida profissional: o manifesto