Pedofilia
É complexo abordar o tema pedofilia uma vez que envolve varias questões difíceis de lidar, pois trata-se de uma violência brutal que fere, magoa e até mata, sendo que o mundo da criança deveria ser ou ter é diferente daquele que ela vive, uma negação do direito de que as crianças sejam tratados como sujeitos.
Começamos a pensar sobre o desenvolvimento tecnológico os meios de comunicação e a possibilidades de informação que incita novas formas de experimentação do desejo afetivo- sexual. Seguindo esse raciocínio, temos as crianças, em especial as meninas, vistas como possibilidades de satisfação dos desejos sexuais dos adultos, e são estimuladas pela própria mídia pelo sistema a produzirem seus corpos, de acordo com os padrões de beleza estipulados pela sociedade, devemos considerar que este processo vem se formando ao longo das ultimas décadas.
A partir do século XVIII ocorreram informações importantes em relação a representação de infância onde as crianças passaram a ser percebidas como sujeitos instituídos de uma natureza infantil com características próprias da idade. Vistas como frágeis e inocentes precisando de proteção de do mundo adulto. Conforme assinala Felipe, Prestes (2012,apud FELIPE; GUIZZO, 2003):
Vistas como inocentes e frágeis, precisavam agora de proteção do mundo adulto. Deste modo, se instalou uma intensa produção discursiva sobre a infância possibilitando, de certa forma, a veiculação de uma imagem infantilizada e dessexua lizada das crianças, de modo que elas deveriam ser protegidas de determinados conhecimentos, com destaque especial para as questões referentes ao sexo e a sexualidade.
Desde muito cedo elas descobrem que seus corpos podem proporcionar sensações de prazer e bem-estar e aprendem a exercitar tais sensações através de comportamentos auto eróticos ou através de jogos com seus/suas amigos/as, apesar da vigilância dos