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Porém, a essa altura do campeonato, o modelo brasileiro começa a demonstrar exaustão. Não que tenhamos de trocar o modelo do consumo por outro.
O Brasil tem um problema grande de oferta. Nosso consumo aumentou; a oferta, não. O descolamento entre a oferta e o consumo nos leva a importar o que poderíamos fazer por aqui.
Assim, temos uma situação paradoxal. O mercado quer consumir e pode consumir. Entretanto, o empresário que pode ofertar não quer investir. Prefere importar ou não oferecer. Ou, ainda, investir apenas onde tem certeza de obter elevados retornos ou onde conheça muito bem.
Aparentemente, o atual governo insiste em tratar a questão pelo lado público, sempre com um viés intervencionista. Não à toa demorou a adaptar as regras das concessões de rodovias, portos e aeroportos.
Insiste em manter uma carga tributária alta e nada faz para que o ambiente de negócios no país seja o melhor possível. Não mantém um diálogo regular com os empresários, nem procura saber o que eles pensam sobre como podemos crescer mais e melhor.
A oposição, por seu lado, pouco trata da questão. Prefere esperar os erros do governo a criar um discurso inteligente. Ter mais empresas dando emprego e renda é do que precisamos.
Para mim, não importa quem assuma a missão: a resposta para os desafios do Brasil hoje está na melhoria do ambiente de negócios. Melhorando o ambiente para investir, teremos condição de manter a atual situação de pleno emprego e geraremos crescimento, renda e arrecadação. Nossa economia crescerá a níveis mais próximos dos demais países dos Brics. A pobreza e a desigualdade continuarão a