Pediatria
A trombose venosa cerebral (TVC) é uma doença cerebrovascular pouco conhecida, com múltiplas manifestações clínicas e muitas vezes subdiagnosticada. Embora relativamente rara, é uma das principais causas de AVC em jovens e mulheres e está associada a um bom prognóstico quando tratada precocemente.
A trombose pode progredir para as veias cerebrais superficiais ou profundas, culminando com infartos venosos hemorrágicos. Ao contrário do que ocorre no AVCI, a cefaléia, difusa ou localizada, é o sintoma mais freqüente na TVC (70% a 91%).
O diagnóstico da TVC pode ser suspeitado com a tomografia de crânio contrastada, porém a ressonância magnética (RM) de crânio com angioressonância venosa é o método diagnóstico de eleição, pois permite a visualização dos trombos venosos.
O método padrão ouro ainda é a angiografia cerebral digital que só é solicitada na suspeita de falso-negativo à RM, como na TVC só de veias corticais.
ÉRICA CRISTINA SÁ DE CAMARGO
LUIZ ALBERTO BACHESCHI DOENTE PORTADOR DE CONDILOMA ACUMINADOPERIANAL RECIDIVANTE. O QUE FAZER? Dados da literatura indicam recidiva dos condilomas acuminados anais entre 4% e 84% dos doentes, independendo do tipo de tratamento realizado. Acredita-se que agressividade viral e as imunidades, sistêmicas e local, estejam relacionadas a esse fato. Nesses doentes, a coleta de material é importante para definir o padrão histológico (avaliar a associação com displasias e neoplasias), identificar o tipo viral (para conhecer o padrão oncogênico) e, quando possível, realizar testes com marcadores da proliferação celular (fatores prognósticos para displasias e recidivas). Para isolar o tipo viral, a PCR (reação em cadeia da polimerase) parece ser o teste mais eficaz. O método imunohistoquímico de coloração pelo KI-67 tem mostrado os melhores resultados na definição do fator de proliferação celular. Nos doentes imunodeprimidos, a contagem de linfócitos T CD4+ tende a aumentar,