Pedagogia
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia/Licenciatura (Ped 0251) – Psicologia da Educação e Aprendizagem
16/05/11
RESUMO
O presente artigo tem como proposta apresentar uma breve revisão acerca da história da aquisição da linguagem e de algumas contraposições entre a teoria inatista e interacionista. Os estudos linguísticos à luz dessas teorias, suas perspectivas e posturas argumentativas acabam por dialogar, dada a sua importância e abrangência. Esse trabalho visa à contemplação teórica que discute, através dos tempos, os vários prismas da linguagem.
Palavras chaves: Teorias de aquisição da linguagem; inatista; interacionista
1 INTRODUÇÃO
Por volta do século VII a.C Heródoto narra que o rei Pasmético do Egito ordenou que duas crianças fossem confinadas desde o nascimento até a idade de dois anos, sem o convívio com outros seres humanos, a fim de se observarem as manifestações linguísticas produzidas em contexto de privação interativa. Sua hipótese era que, se uma criança fosse criada sem exposição à fala humana, a primeira palavra que emitisse espontaneamente pertenceria à língua mais antiga do mundo.
Ao cabo de dois anos de total isolamento, as crianças emitiram uma sequência fônica interpretada como ¨bekos¨, palavra frigia para pão. Concluiu então, que a língua que o povo frígio falava era mais antiga que a dos egípcios (cf. Campbell & Grieve, 1982). Apenas mais recentemente foram feitos estudos sistemáticos sobre como a criança adquire a linguagem. No século XIX, surgem mais experimentos sobre o assunto através dos experimentos com diários da fala espontânea de filhos de lingüistas e estudiosos. Guiados por interesses, tanto profissional quanto paterno, formaram esse tipo de análise.
A partir do século XX, os estudos sobre aquisição da linguagem estavam baseados em uma visão teórica behaviorista. Assumindo que a aprendizagem de uma língua se dava pela exposição ao meio e em