Pedagogia
Nestes tempos de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que envolvem a atuação de figuras destacadas da República e sua relação com o patrimônio comum a todos nós, bem como da repercussão de suas atitudes junto à opinião pública, o tema da ética passa a ocupar lugar especial em nossas atenções, tanto como referencial pelo qual os homens deveriam nortear sua vida como pela inadequação de comportamento de grande parte de nossas autoridades governativas ou de nossas referências políticas e intelectuais. A imprensa, da mesma forma, realça cotidianamente as múltiplas facetas (públicas e muitas vezes privadas) das pessoas que se sobressaem política, econômica ou socialmente, os salários e os privilégios dos deputados e senadores, as polêmicas sobre os avanços da ciência e suas consequências para a vida, etc, estabelecendo, conduzindo ou viabilizando o debate em torno de questões que levam as pessoas à emissão de um “certo” ou “errado” que podem estar relacionadas tanto a aspectos menores da vida social como a questões vitais para o futuro da humanidade. Também geram destaque os embates nas assembléias legislativas e no Congresso Nacional, ou as decisões dos tribunais superiores do país, sobre os mais diferentes aspectos que influem no funcionamento de nossas instituições, tudo demonstrando a vitalidade do debate ético no Brasil atual. Sem garantir, no entanto, que a ética se torne a tão pretendida “estrela guia” de todos os cidadãos no convívio social. Se na vida da sociedade as questões éticas se impõem e atraem a participação das pessoas, não poderia deixar de ser diferente, pela dimensão de sua inserção no universo social, no âmbito educação e da escola. As postulações éticas também aí estão presentes: tanto no encaminhamento da reflexão sobre os grandes temas que são debatidos na sociedade como por questões específicas da área educacional. Afinal, a escola prepara os futuros cidadãos para a vida,