Pedagogia
Objetivos
1) Facilitar o processo de alfabetização;
2) Aceitar as diferenças entre os sujeitos e deixar que essas diferenças tornem-se fatores constitutivos do processo de alfabetização;
3) Levar em conta as hipóteses prévias formuladas pela criança;
4) Deixar de lado a escrita automatizada, enfatizando a capacidade de ler e compreender.
Introdução
De acordo com Emília Ferreiro, a defasagem escolar parece relacionar-se diretamente com o fato de se desconsiderar os conhecimentos prévios da criança quando esta ingressa no ensino fundamental e, ainda, em razão de a escola se valer de uma concepção equivocada de escrita como um objeto hermético e estático, "ensinado" de maneira instrumental e tecnicista.
Daí, como ocorria na formação dos antigos escribas, a criança "aprende" a escrever de modo automatizado sem compreender o que lê. Assim, essa língua escrita "ensinada" pela escola não corresponde verdadeiramente à língua escrita como objeto social e dinâmico, mas, apenas como "desenho de letras e sonorização de palavras".
Quando o conhecimento que a criança já possui sobre a escrita é descartado, a escola, contraditoriamente, insiste em desenvolver "práticas desalfabetizadoras" que desmotivam e tornam o aprendizado pouco ou nada significativo.
Estratégias
a) Examinar as hipóteses próprias que a criança constrói sobre a escrita;
b) Adotar o ponto de vista do sujeito analfabeto, deixando de lado a concepção de escrita do adulto alfabetizado da sociedade contemporânea, para compreender de que maneira a criança lida com o objeto escrita;
c) Criar uma postura investigativa em relação ao processo de alfabetização.
Comentários
Embora Piaget jamais tenha se referido à escrita, sem o conhecimento de seus estudos sobre desenvolvimento infantil, Emília Ferreiro e seus colaboradores provavelmente não teriam feito tantas descobertas acerca da construção da escrita pela criança.
No que se refere aos testes de