Pedagogia
Diego Zilio [1]
Kester Carrara [2]
Proposto como uma alternativa às psicologias estruturalistas e funcionalistas, o behaviorismo metodológico tem como principal precursor John B. Watson (1878-1958). O intento da Psicologia, segundo Watson, é prever e controlar seu objeto de estudo, isto é, o comportamento. O comportamento a nada mais equivaleria, numa primeira aproximação, do que respostas, reações, ou ajustamentos a certos eventos antecedentes (estímulos). Fisiologicamente, as respostas são mudanças observáveis do organismo referentes aos seus músculos e glândulas. Elas são causadas pela ação de estímulos, antecedentes imediatos às respostas, localizados no ambiente. A delimitação do objeto de estudo da Psicologia feita de tal maneira deixa transparecer muito a respeito da filosofia de ciência e metodologia que sustentam o behaviorismo metodológico. Watson se apoiava num determinismo materialista. Ou seja, apenas fenômenos físicos causariam fenômenos físicos, não havendo espaço para ontologia diferente. Outra característica do behaviorismo metodológico é a defesa da verdade por consenso. Trata-se da idéia de que o objeto de estudo tem que ser observável por mais de uma pessoa e que a verdade a seu respeito é fruto de pesquisas e experimentos cujos resultados são consensuais entre os pesquisadores. É por essa razão, pelo menos, que Watson nega veementemente a introspecção como método da Psicologia. O uso da introspecção seria o maior obstáculo ao progresso da Psicologia enquanto ciência. A mente, a consciência, as emoções, etc., por serem inobserváveis, foram ignoradas – ou, ao menos, evitadas - por Watson em seus estudos. Nada poderia ser dito a respeito desses fenômenos sem ferir os pressupostos metodológicos de seu behaviorismo. É importante notar, todavia, que Watson em momento algum nega a existência de tais fenômenos; apenas os exclui de uma análise científica. Em razão