Pedagogia
De acordo com o Eppe, após dois anos de estudos, aos cinco anos, as crianças observadas apresentaram mais características de cooperação, concentração, independência e sociabilidade. Em médio prazo, aos sete anos, ter cursado pré-escola melhora a leitura e a escrita.
A longo prazo, aos onze anos, não só a pré-escola fará diferença no aprendizado, mas quem cursou um estabelecimento de boa qualidade será ainda mais beneficiado. Antes dos 11, a diferença entre uma escola de alto nível e uma regular é menos visível no desenvolvimento do aluno.
"Crianças que cursaram pré-escola, aos 11, terão mais 'regulação própria': elas estudam melhor, controlam melhor seu comportamento; isso dá ao aluno uma vontade maior de explorar o conhecimento; ele terá mais curiosidade", diz Brenda Taggart, coordenadora do Eppe.
O estudo, que começou em 1997 e irá até 2013, partiu da deficiência detectada na pré-escola inglesa, que, nos anos 90, era centrada no ensino de "regras sociais" ou "padrões" às crianças. "Na Inglaterra, não sabíamos que crianças que tiveram pré-escola estavam mais propensas a ter melhores notas, melhores salários e menos propensas a tornarem-se, posteriormente, usuárias dos serviços sociais", explica a coordenadora.
Segundo o estudo, a pré-escola ideal deve ser dada aos poucos, durante um certo tempo, e precisa combinar o desenvolvimento intelectual, social e comportamental da criança, assim como trabalhar também com a família dos alunos. Brenda também conta que a qualidade da escola também depende da formação do pessoal: "Melhor qualidade está associada a professores mais qualificados, com conhecimentos de