pedagogia
Nome:__________________________________________________________
Data: ________________________ Professora: ____________________
Objetivo: aprimorar habilidades de interpretação textual, baseando-se em conto previamente lido.
A sopa de pedras
Pedro Malasarte era um cara danado de esperto. Um dia ele estava ouvindo a conversa do pessoal na porta da venda. Os matutos falavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros lados do rio . Cada um contava um caso pior que o outro...
— A velha é unha-de-fome. Não dá comida nem pros cachorros que guardam a casa dela — dizia um.
— Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato. Verdade! Quem me contou foi o Chico Carreteiro, que não mente — afirmava outro.
— Eta velha pão-duro! — comentava um terceiro. — Dali não sai nada. Ela não dá nem bom-dia.
O Pedro Malasarte ouvindo e matutando. Daí a pouco entrou na conversa:
— Querem apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade? — Tu tá é doido! — disseram todos.
— Aquela velha avarenta não dá nem risada! — Pois aposto que pra mim ela vai dar — insistiu o Pedro.
— Quanto vocês apostam?
A turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas o Pedro Malasarte, muito matreiro, já tinha bolado um plano na cabeça. Juntou umas roupas, umas panelas, um fogãozinho, amarrou a trouxa e se mandou pra casa da velha. Era meio longe, mas pra ganhar aposta o Malasarte não tinha preguiça.
O Pedro foi chegando, foi arranchando, ali bem perto da porteira do sítio da velha. Esperou um tempo pra ser notado. Quando viu que a velha já tinha reparado nele, armou o fogãozinho, botou a panela em cima, cheia de água, e acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água. A velha, lá da casa, só espiando. E a panela fumegando. E o Pedro atiçando o fogo... Até que ela não conseguiu mais se segurar de curiosidade.
Saiu e veio negaceando, olhar de perto. O Pedro pensou: É hoje!”
Catou umas