Pedagogia
1- A criação da imprensa ocasionou profundas transformações e abalou os alicerces da Igreja. Martin Lutero substituiu os ritos oralizados pelo ritual da letra impressa, divulgou a invenção de Gutenberg, espalhou a palavra de Deus por meio da pagina escrita e modificou o significado do livro, que alem de instrumento de propagação da fé transformou-se em mercadoria – objeto de desejo, consumo e lucro.
A transformação do livro em mercadoria está ligada a obrigatoriedade da escola: a salvação é dever de cada homem e só pode ser alcançada na relação direta com o livro. A leitura passa a ser condição fundamental da salvação, ou seja, só se salvaria aquele que soubesse ler.
2- Para a Reforma Protestante, a educação do povo deveria ser essencial: ler e realizar operações básicas de matemática. A religião formava a base da educação e a alfabetização (com destaque na leitura, sua condição necessária, juntamente com o canto e estudo da língua. Aprender a ler e a escrever era somente para estudo da Bíblia, preces e catecismos. A alfabetização era restrita aos textos familiares. Sabia-se ler e não se sabia escrever. Era considerado alfabetizado aquele que sabia ler e assinar o próprio nome.
A Reforma, na Suécia, desenvolveu o chamado modelo protestante nórdico: esse sistema consistia no ensino publico popular, constituído por escolas religiosas e de freqüência assídua e estabelecendo a pratica do exame anual de leitura, cuja aprovação era condição para a comunhão ou casamento. A Igreja e a família eram responsáveis pela alfabetização. Os indicadores de alfabetização citados a seguir articulam a idéia de alfabetização vigente: entre 1660 e 1720, o índice da população alfabetizada passou de 35 a 90% e, em 1750, a maior parte da população adulta da Suécia, entre homens e mulheres, sabia ler.
3- O modelo prussiano-alemão da Reforma Protestante, não causou grande choque nos índices de alfabetização do