PEDAGOGIA
Marco Polo decide cursar medicina. No primeiro dia de aula, sobre anatomia, fica atônito e indignado com a indiferença e a falta de sensibilidade dos professores ao falarem sobre os cadáveres que os alunos iriam dissecar. Diziam friamente que se tratavam apenas de mendigos indigentes. O chefe do departamento de anatomia da universidade, o Dr. George, era sarcástico e intransigente. Marco Polo fica constrangido com a situação, assim como outros calouros, pois dizia que sob os escombros do sofrimento, das perdas e misérias físicas e psíquicas das pessoas existem belíssimas histórias de vida, regadas de esperança, lágrimas e amor. Por possuir um espírito humanista e aventureiro decide descobrir a história de pelo menos um cadáver que iriam dissecar, após ser desafiado pelo professor especialista em anatomia, o Dr. George.
Na praça do parque central conheceu Falcão, um mendigo filósofo que, posteriormente, tornara-se seu melhor amigo. Descobriu que ele fora um inteligentíssimo filósofo professor de uma universidade, mas que ao deprimir-se foi expulso do cargo de docente e traído pela esposa com o seu psiquiatra. Além disso, possuía um filho, de nome Lucas, que chamava carinhosamente de pupilo. Seu sogro proibiu-lhe de ver o filho, pois alegava que a sua doença mental poderia afetar o menino. Falcão deprimiu-se ainda mais e, querendo o melhor para seu filho, decidiu abandoná-lo e viver como andarilho. Conheceu o Poeta da Vida, um mendigo que fora um médico muito rico, que após perder a sua esposa e seus dois filhos em um acidente de carro ficou extremamente depressivo e tornou-se andarilho.
Marco Polo o convidou para ir à universidade. Chegando lá Falcão logo reconheceu a face de um dos cadáveres e contou