Peste negra
Acadêmica: Camila
Tipologia dos comportamentos em tempo de peste – Jean Delumeau
A peste negra é conhecida como uma das maiores epidemias que assombrou o ocidente (atingindo aproximadamente um terço da população). Conforme alguns pesquisadores ela teria sua origem vinda da Mongólia, onde as pulgas eram hospedeiras de uma bactéria e, por conseguinte infectavam os roedores que entravam em contato de zonas de habitação humana. Em sua variação bubônica, a bactéria cai na corrente sanguínea, ataca o sistema linfático provocando a morte de diversas células, e cria dolorosos inchaços entre as axilas e a virilha. Com o passar do tempo, esses inchaços, conhecidos como bubões, se espalham por todo corpo. Quando ataca o sistema circulatório, o infectado tem uma expectativa de vida de aproximadamente uma semana ou menos. Mas também era uma doença que atingia tanto o corpo quanto a mente daquela população.
A peste une se também em uma representação mental das epidemias que apareciam junto com as calamidades “fome” e “guerra” e também era vista como uma “praga”. Por ser uma sociedade regida pela igreja e pelo imaginário cristão, logo as pessoas ligaram este terrível mal a Deus, sendo flechas mandadas por Deus para se vingar da humanidade pecadora.
Muitas das pessoas matavam e se matavam com o tamanho desespero, pessoas fugiam de suas casas para cidades vizinhas, mas eram mortos, sendo muitas das vezes a única solução rezar e esperar a morte, pois só o que se via por todos os lados eram cadáveres. Os homens eram como cegos desesperados que tropeçam em seu próprio medo.