Pedagogia
O ambiente escolar apresenta-se como o mais heterogêneo quando o foco são as relações interpessoais, pois os seres que o constituem tem diferentes papéis sociais (professores, coordenações, alunos...) procedem de diferentes formações familiares, onde o meio socioeconômico exerce influência marcante, há diversidade de crenças religiosas, entre outros. E é devido a tudo isso que neste meio acabam aparecendo os conflitos, ou melhor dizendo, divergências de olhares. Neste contexto, quando pensamos no currículo escolar, precisamos ter em mente que ele é um instrumento a ser usado para que os envolvidos neste processo de ensino-aprendizagem tenham oportunidade de vivenciar o pensamento reflexivo, onde todos possam colocar suas verdades e saber que o outro tem ideias diferentes, mas ao mesmo tempo não é mais nem melhor, é apenas diversa. A escola tem o potencial de proporcionar a ampliação da visão de mundo, fomentando a mudança do foco, do ângulo, de como tudo é visto e vivenciado. Conforme Ricardo C. Moscato apresenta em seu artigo valores que queremos promover, “a proposta educativa deve apresentar os valores que levem seus alunos a liberdade. Não basta conhecer os valores, nem mesmo ser receptivos a eles. É necessário deixar-se “afetar” por eles. É necessário o compromisso e a responsabilidade na ação como resposta pessoal e comunitária a este convite. Implica “formação do desejo”, e em linguagem inaciana, formar para permitir “ordenar a vida”. O caminho inaciano da formação em valores implica então em conhecer, sentir e atuar, “ discernir” a verdade, “desejar a liberdade” e atuar com competência na transformação pessoal e social. O mais importante não é a transmissão de informações, mas sim perceber o valor da ético atuando nas diversas realidades que o ambiente escolar nos