pedagogia
Com opressão, não há educação viável
Não foi o capitalismo que inventou a opressão, mas foi com o surgimento da propriedade privada e sua apropriação por um punhado de senhores, que práticas e discursos que visam diminuir, desqualificar, excluir ou, no limite, eliminar os diferentes se tornaram formas bastante eficientes para justificar a superexploração destes setores.
Como nos dizia um professor de Guarulhos: As opressões, o machismo, o racismo e a homofobia, são pilares de sustentação do capitalismo, pois, servem, exclusivamente, como instrumentos eficazes para dividir a classe trabalhadora e nos enfraquecer na luta contra a exploração.
E é exatamente neste sentido, que a escola foi transformada em espaço para a opressão: A sociedade necessita educar as pessoas para aceitar pacificamente sua condição de explorado. E para tal, as ideologias criadas e transmitidas pelos meios de comunicação, pela Igreja e também pela escola são fundamentais; uma realidade particularmente terrível no ambiente escolar, uma vez que este, ao ser controlado e ter seu funcionamento e produção voltados para os interesses da classe dominante, está impregnado, nos mais diferentes níveis, pela ideologia discriminatória dominante
. Educação, substantivo feminino?
Nas séries iniciais, do Ensino Fundamental, as mulheres formam uma maioria, de cerca de 90%. Na medida em que os anos avançam, o número de mulheres vai caindo gradativamente, chegando a uma inversão no Ensino Superior, onde os homens são majoritários.
Há muito as escolas deixaram de ser um ambiente seguro para as mulheres. Os sucessivos casos de estupro, no interior de escolas e universidades, são apenas a ponta mais mal-cheirosa de um iceberg formado pelas formas mais asquerosas de assédio e violência sexual e psicológica.
No cotidiano da escola, a situação relatada por várias companheiras beira a barbárie. Educadores deformados pela ideologia