Pedagogia

A FILOSOFIA PLATÔNICA DA MATEMÁTICA COMO ELEMENTO EDUCATIVO E MOTIVACIONAL
Entre a grande variedade de crenças sobre as relações entre as matemáticas e suas aplicações e sobre o papel destas no ensino e a aprendizagem, é possível identificar duas concepções extremas.
Uma destas concepções, que foi comum entre muitos matemáticos profissionais até há relativamente poucos anos atrás, considera que o aluno deve adquirir primeiramente as estruturas fundamentais do conhecimento matemático de forma axiomática. Supõe-se que uma vez adquirida esta base, será fácil produzir no aluno a capacidade de, por si só, resolver as aplicações e problemas que lhe forem apresentadas. Este é o caminho apontado por toda monografia pronta já consultada sobre o tema, sendo que todo aluno que for realizar suas monografias, seu tcc ou trabalho de conclusão de grau ou mesmo um artigo científico deverá seguir.
Segundo esta visão não se pode ser capaz de aplicar a matemática, salvo em casos muito triviais, se não se conta com um bom fundamento matemático. A matemática pura e a aplicada seriam duas disciplinas diferentes; e as estruturas matemáticas abstratas devem preceder a suas aplicações na Natureza e Sociedade, tal como sua aplicação em tecnologias matemáticas e vice-versa. As aplicações das matemáticas seriam um "apêndice" no estudo matemático, de maneira que não se produziriam nenhum prejuízo se este apêndice não for levado em consideração pelo estudante. Aqueles que seguem tal pensamento imaginam que a matemática como uma disciplina autônoma, diferentemente de Platão, tal como já considerado. E a partir daí se passa a discussão sobre temas
Poder-se-ia desenvolver a matemática sem levar em consideração suas aplicações a outras ciências, simplesmente tendo como base problemas matemáticos internos, sendo o caso da teoria a ser desenvolvida na forma de monografias ou de um projeto de pesquisa.
Esta concepção matemática se designa como "idealista-platônica". Com esta concepção é