pedagogia
“Ensino é o arranjo das contingências de reforço que acelera a aprendizagem. Um aluno aprende sem que lhe ensinem, mas aprenderá mais eficientemente sob condições favoráveis.”
Skinner
Este primeiro capítulo é dedicado ao behaviorismo ou comportamentalismo, destacando principalmente as contribuições de
Skinner para a compreensão do comportamento e dos processos de aprendizagem considerados relevantes para a educação.
Os behavioristas, na busca por compreender o comportamento
(behavior, em inglês) observável ou manifesto, enfatizam as relações entre este e o ambiente, ou seja, enfocam em seus estudos o papel e a influência dos estímulos ambientais na determinação de nossas ações.
A opção teórica e metodológica do behaviorismo, de apenas estudar (observar e descrever) o comportamento observável como forma de ajustá-lo ao meio, pode ser entendida em razão de que, nos anos 1950, os Estados Unidos (palco central do behaviorismo) vivenciava um crescente processo de urbanização, com o avanço industrial e a expansão do sistema escolar. Processo que contribuiu para que a Psicologia tivesse um papel ativo em conformidade com a exigência de adequação dos indivíduos às escolas, às fabricas,
14 P s icologi a da a p r endi z agem colaborando nos exames, na classificação, na seleção, no controle sobre o indivíduo, necessários nesses novos espaços.
O behaviorismo constitui um conjunto de teorias, com muitas variantes (comportamentalismo, análise objetiva, análise do comportamento), que focalizam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. Nesse caso, os sentimentos, os pensamentos, a inteligência, a consciência e outros estados mentais ou subjetivos não são tomados em sua abordagem teórica, na medida em que não podem ser estudados empiricamente, motivo pelo qual o corpo (visto como uma “caixa preta”) e seu funcionamento são caracterizados como algo que não pode ser conhecido e ao