Novas indagações ou um novo contexto? A lei 10639/03, promulgada em 09 de janeiro de 2003 pelo presidente Lula. Obriga a inclusão da história e cultura africana e afro-brasileiras nos currículos escolares de todas as redes de ensino do país. Apresentada a lei, entramos na realidade de deu cumprimento. Aqui coloco dois fatores que são primordiais na execução da lei, a primeira é a formação de professores e ruptura epistemológica cultural, que foram produzidas no contexto da lei de formar profissionais que façam a África ser evidenciada, que o povo negro seja respeitado e reverenciado por sua luta e que o povo brasileiro aprenda a respeitar aqueles que mais do que ninguém lutaram e lutam para que sejam reconhecidos diante de uma cultura hegemônica. Os movimentos sociais são grandes aliados e lutadores de seus direitos, mas geralmente são tratados com indiferença, desconectados a vida social e chegando a discriminação no cotidiano escolar. A lei veio para avançar a questão do currículo e rompe a epistemologia criada historicamente. Gonçalves (1985), trata do silencio que o racismo provoca e que este silencio é símbolo de uma luta pessoal, diante de uma sociedade extremamente preconceituosa. Com a lei deveria a diversidade ser trabalhada para que desde as séries iniciais os negros tenham orgulho de seu povo, de sua cor, das lutas diárias, e o povo reconheça a importância dos povos africanos no desenvolvimento do país, para os negros serviria de estimulo para pararem a luta por seus direitos. No currículo seria dada a voz e a vez aos povos que infelizmente sofrem diariamente, as várias formas de preconceito e que estes povos silenciados a partir desta lei teriam direito de opinarem, de falarem, ou seja, de se expressarem. A lei foi uma importante vitória para o povo negro,passando de um povo com pouca visibilidade ou até mesmo nenhuma para a sociedade hegemônica para um povo que também tem parte neste país e que é direito deles, mas