Pedagogia

OS DIVERSOS ROSTOS DA INFÂNCIA

Desafio de aprendizagem da Disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação do Curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera-Uniderp. Profª Ma. Mariciane Mores Nunes

Piracicaba/SP
2011

Introdução O presente artigo tem como objetivo, descrever as características peculiaridades do comportamento infantil; identificar as especificidades e singularidades do processo de crescimento e socialização das crianças.
Alguns aspectos pelo qual as pedagogias e os pedagogos, buscam compreender “os vários rostos da infância.”
Salientamos a importância de se respeitar e valorizar a infância e o quanto a vivência pode agregar valores e conhecimentos para o seu desenvolvimento e sua conduta na sociedade. Historicamente as crianças, eram vistas como seres incompletos, insuficientes e inferiores, devendo ser moldadas pelos adultos.
Na visão pedagógica, sob as teorias de Piaget, Freud e Vigotsky, tendo como referenciais os filmes “Lolita” e “Pequena Miss Sunshine”, assim como o texto de Clarice Cohn. ”Crescendo como um Xikrin”: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá.

A construção históricos-filosófica do conceito de infância

Conforme descreve o historiador Philippe Ariès (1914-1984), na idade média o conceito de família externa.
É preciso imaginar o que era então a casa de um cavaleiro, reunido num mesmo domínio, numa mesma ‘corte’, dez, vinte senhores, dois ou três casais com filhos, os irmãos e irmãs solteiros. (Ariès, 1981, p. 212).

Em famílias grandes assim, não havia lugar para o sentimento de infância, mas não eram crianças menos amadas, embora quando não necessitassem de atenção materna exclusiva, eram inseridas no mundo dos adultos, e nas suas conversas, segredos e promiscuidade, e com a falta de uma estrutura, hábitos de higiene adequados, a taxa de mortalidade era grande, e os adultos acostumados com a mortandade infantil, não levavam em tão alto estima