PEDAGOGIA HISTORICO-CRITÍCA E MATERIALISTA
INTRODUÇÃO
Ao longo da história da humanidade pode ser observada uma constante busca dos seres humanos por libertação.
O que se vê ao analisar a história é que sempre que uma classe de pessoas é beneficiada pelo sistema, de alguma forma outra classe fica à margem de seus interesses, e isso faz com que este última se reúna para lutar por si. Porém, paradoxalmente, os “lutadores” ao atingirem uma zona de conforto, passam a subjugar outros, criando assim uma reação em cadeia que vem delineando toda a existência humana enquanto sociedade organizada.
Trazendo estas considerações para o contexto do atual cenário educacional, se pode ver uma escola que, por décadas, busca a extinção da marginalização criando diversas teorias e práticas de ensino para tentar sublimar este problema, não obtendo sucesso até então. Em face disso, é chegada a hora de repensar as práticas por outras mais eficazes, condizentes com o perfil de sociedade atual, com as necessidades, e com a realidade existente.
Para isto, primeiramente é indispensável uma profunda e cautelosa análise histórica do objeto de estudo, nesse caso as práticas educacionais, para se identificar os pontos a serem repensados, e uma reflexão para que se estabeleça uma nova postura para atingir os objetivos desejados. O texto que se segue, trará à luz as reflexões que o filósofo e doutor em educação
Dermeval Saviani faz em relação à problemática da marginalização do ensino, e as questões de lutas de classes. Serão respondidas algumas questões sobre a teoria da pedagogia histórico- crítica, que segundo Saviani é a única via possível para uma educação justa e igualitária, bem como uma discussão sobre a dialética materialista cunhada por Karl Marx, e sua aplicação na realidade escolar.
Saviani propõe que a escola seja uma ferramenta de mudança da