Pedagogia Do Oprimido
O livro Pedagogia do Oprimido faz referência ao período de exílio do autor, Paulo Freire, onde esclarece que o papel da educação deve se dar de forma libertadora, onde o ser se torna consciente de seu papel em sociedade.
Diante o ato libertador, nota-se que o homem tem medo de tal liberdade, afinal este acredita que a liberdade conduzirá uma consciência critica capaz de promover a desordem.
O fato de se tornar um ser que possui uma conscientização existencial, concreta, de injustiça, não poderia conduzir os homens dela conscientizados, a um “fanatismo destrutivo” ou a uma “sensação de desmoronamento total do mundo em que estavam esses homens”.
Não é a conscientização que pode levar o povo à “fanatismos destrutivos”, mas, é a conscientização, que irá possibilitar a inserção no processo histórico, fazendo com que o sujeito se inscreva na busca de sua afirmação, que é expressa por insatisfações sociais, que se fazem componentes reais de uma situação de opressão”.
De fato, o homem se vê como um problema, pois poucos sabem de si, de seu “posto no cosmos”, dessa forma iniciam-se em uma busca por saber mais. É partir da busca de si mesmo que o homem sai em busca de respostas, se indagam, respondem, e suas respostas os levam a novas perguntas.
O problema central que envolve o homem se trata de sua humanização, onde o ser deve se preocupar em reconhecer a desumanização como realidade histórica, onde o ser mais é o individuo opressor e o ser menos o individuo oprimido.
Assim, a desumanização não é vista apenas, nos que têm sua humanidade roubada, mas também nos que a roubam, é o defeito da capacidade do ser mais. Na verdade, se admitíssemos que a desumanização é a capacidade histórica dos homens, nada mais teríamos que fazer, a não ser adotar uma atitude cínica ou de total desespero. A luta pela humanização, pelo trabalho livre, pela desalienação, pela afirmação dos homens como pessoas, como “seres para si”, não teria significação. Esta