Pedagogia da práxis
Gadotti, Moacir. Pedagogia da práxis, 2º. Ed., São Paulo, Cortez -1998.
Resumo:
2- Reflexões sobre a filosofia da Educação
A sociedade atual encontra-se em profunda crise, na qual somos remetidos a repensar nossos valores e atitudes. Da mesma forma, o papel do profissional da educação precisa ser repensado. É necessário que o professor se assuma enquanto um profissional, tomando partido e não sendo omisso, neutro, mas sim definido para si de qual lado está, ou está a favor dos oprimidos ou contra eles. Não mais neutro. Este pode agora ascender à sociedade usando a educação como instrumento de luta, levando a população a uma consciência crítica que supere o senso comum. Entende-se que o povo com posse desses conhecimentos poderá ter condições de se proteger contra a exploração das classes dominantes, se organizando para a construção de uma sociedade menos excludente e democrática. Educadores precisam engajar-se social e politicamente, percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Mas antes de tudo precisam conhecer a sociedade em que atuam, e o nível social, econômico e cultural de seus alunos. Os educadores não podem se colocar na posição de ser superiores, que ensinam um grupo de ignorantes, mas sim na posição humilde daqueles que comunicam um saber relativo a outros que possuem outro saber relativo. É necessário que esses profissionais acreditem na educação, crendo que sem ela nenhuma transformação profunda será realizará. Toda teoria pedagógica tem seus fundamentos em um sistema filosófico. Portanto, ao trabalhar na área de educação, é sempre necessário tomar partido, assumir posições. Toda escolha de uma concepção de educação é, fundamental, o reflexo da escolha de uma filosofia de vida. A filosofia pode contribuir para que a educação seja pensada, analisada e refletida, saindo assim do fazer pelo fazer, sem respaldo que