pedagoga
Anísio Spínola Teixeira nasceu na cidade de Caetité, Bahia, em 12 de julho de 1900. Estudou em instituições jesuíticas, até o secundário, cogitando em entrar para a Companhia de Jesus. Mas o pai, que aspirava vê-lo na carreira política, mandou-o estudar no Rio o de Janeiro, onde Anísio ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro.
Em 1931, a convite do prefeito Pedro Ernesto, mudou-se para o Rio de Janeiro e assumiu a Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal. Em 1932, Anísio assinou o famoso Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de um grupo de educadores, que divulgava, ao povo e ao governo, as principais diretrizes de um programa de reconstrução educacional. De 1931 a 35, criou uma Rede Municipal de Ensino no Rio: da escola primária à universidade. Ampliou as matrículas, criou os serviços de extensão e aperfeiçoamento, as Escolas Técnicas Secundárias e transformou a antiga Escola Normal em Instituto de Educação. A iniciativa mais polêmica, porém, foi a criação da Universidade do Distrito Federal, em abril de 1935.
Ainda durante o período de sua gestão na Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, Anísio escreveu os seguintes livros: Educação progressiva: uma introdução à filosofia da educação (1932) e Em marcha para a democracia (1934). Por seus escritos, e por suas realizações no antigo Distrito Federal, projetou-se nacionalmente.
Em dezembro de 1935, por motivos políticos, pediu demissão da Prefeitura do Rio de Janeiro. Em abaixo-assinado, seus colaboradores lhe prestaram solidariedade. Muitos, como ele, foram perseguidos e alguns acabaram presos. Anísio refugiou-se, então, no sertão da Bahia. Estava afastado da vida pública quando publicou “Educação para a democracia: introdução à administração escolar” (1936). Entre 1937 e 1945, permaneceu na Bahia e dedicou-se à exploração e exportação de manganês, calcário e cimento; à comercialização de automóveis; à tradução de livros para a