Pecado da preguiça
Os sete pecados capitais têm sua origem numa lista escrita por um monge cristão chamado Evagrius no Egito. Nela constavam oito tentações que o monge julgava as mais perigosas para a alma humana. A preguiça não estava listada como uma tentação mortal, estava listada como duas: acídia (apatia) e tristitia (tristeza). O Papa Gregório mudou a lista do monge, resumindo essas duas tentações à preguiça, dando origem aos sete pecados capitais assim como o conhecemos, vistos na época como pecados mortais.
Com isso, nos perguntamos: será que a preguiça mata?
Os antigos sabiam que a preguiça era o mais persuasivo de todos os pecados mortais. Ao mesmo tempo que doce, corrosivo. É tido como o mais mortal dos pecados. A pessoa se acha infeliz, se enche de auto piedade e pesar. Há muitos que dizem que é a preguiça que permite que a pobreza e a injustiça existam pelo mundo e que impede que se levante a voz pra protestar contra essa situação.
A preguiça pode ser definida como aversão ao trabalho ou esforço. Antigamente era identificada no ócio, condenado pela bíblia. A cultura hebraica nos ensina que se não formos ambiciosos e trabalhadores o suficiente na vida, as formigas nos serão superiores.
“Vá às formigas, você, indolente, e as observe, sem supervisão nem comando, elas provém alimento no verão e o acumulam nas colheitas”, escreve no livro dos provérbios o rei Salomão, contrário à preguiça e um de seus maiores delatores. A formiga trabalha a vida inteira e é utilizada até hoje como incentivo aos seres humanos. O apóstolo de Jesus, Paulo, também condenou a preguiça em seus escritos: fique longe de todo o irmão preguiçoso, se não trabalha, não deve comer.
Houve uma época em que muitas pessoas acreditaram que a preguiça só podia ser curada através de um exorcismo. Então a preguiça começava a ser vista como uma doença, chamada melancolia/depressão, seria um desequilíbrio de humores, uma invasão de demônios. A todos os pecados foi designado um demônio e o demônio