Os sete pecados capitais
O presente trabalho buscou retratar, através da fotografia, os pecados capitais. As imagens foram realizadas partindo das concepções denotativas e conotativas dos nomes que fazem referencia a cada um dos Sete Pecados Capitais. Por Pecados Capitais, quer-se apontar, antes de tudo, para aquelas disposições vitais ou atitudes de fundo que dispõem a pessoa a pecar, pois criam “situações perversas” (AGOSTINI, 2001:16). Várias listas dos pecados capitais circulam desde o século IV, entretanto alguns autores incluíam a melancolia e a vaidade. Cassiano, São João Clímaco, São Gregório Magno, Santo Isidoro de Sevilha escreveram as mais conhecidas. Entre os séculos XI e XII, Pedro Lombardo redigiu uma lista com seis pecados capitais: temeridade, desespero, rechaço da verdade conhecida, inveja dos dotes alheios, obstinação e impertinência.
Entretanto, São Tomás de Aquino, no século XII distinguiu e analisou uma lista de Sete Pecados, reproduzindo a lista de São Gregório Magno (papa de 590 a 604), lhes deu um fundamento teológico e filosófico, descrevendo esses pecados como sendo as raízes de todos os outros. A partir dai, passou a ser nomeados entre eles o Orgulho ou Soberba, a Inveja, a Ira, a Preguiça, a Avareza, a Gula e a Luxuria (AGOSTINI, 2001:16). Essa classificação é característica da Igreja Católica, pois os Protestantes evitam uma avaliação, alegando que cabe esse papel a Deus, que rejeita todos os pecados.
O número sete foi fixado aos pecados capitais por possuir um significado simbólico na Bíblia, sendo este associado às sete virtudes, aos sete dons do Espírito Santo, aos sete salmos penitenciais e as sete dores de Nossa Senhora. Esta ordem se estabeleceu através de um costume antigo de relacionar cada dia da semana a um dos pecados: Domingo – Soberba; Segunda – Inveja; Terça – Ira; Quarta – Preguiça; Quinta – Avareza; Sexta – Gula; Sábado – Luxuria. Essa ordenação mostra também uma escala de importância: a Soberba sendo considerado