Pavimentos flexiveis
INTRODUÇÃO
1.1. Enquadramento Temático
O desenvolvimento económico e social de um país depende, entre outros factores, da mobilidade de pessoas e bens. No caso de Portugal, a rede rodoviária assume um papel fundamental, dado que os transportes rodoviários são o principal meio de transporte utilizado.
A rede rodoviária portuguesa, constituída na sua maioria por pavimentos flexíveis, tem aumentado a sua extensão, principalmente, desde 1985. Actualmente, a par da construção de novas estradas, previstas no novo plano rodoviário nacional (PRN2000), surge a necessidade da sua reabilitação dado grande parte desta já se aproximar do final do respectivo período de vida. Ao nível das solicitações do tráfego tem-se registado um aumento do volume e agressividade, ao mesmo tempo que é exigida uma maior qualidade dos pavimentos, no que diz respeito à segurança e comodidade. Deste modo, o aperfeiçoamento dos métodos de dimensionamento de pavimentos e a melhoria do comportamento das misturas betuminosas são fundamentais.
Com o aumento das solicitações e das exigências de qualidade dos pavimentos verifica-se que a espessura total das camadas betuminosas num pavimento tem vindo a aumentar. Este aumento tem limitado, frequentemente, as degradações associadas ao fendilhamento por fadiga com origem na base das camadas betuminosas e às deformações permanentes causadas por deformação da fundação.
Embora se minimize o aparecimento de degradações associadas aos principais mecanismos de ruína do pavimento, não se consegue impedir a ocorrência de deformações permanentes e de fendilhamento com origem na superfície (originados por esforços de tracção e de corte), nem a desagregação da camada superficial do pavimento. Na rede rodoviária nacional pode observar-se uma evolução significativa deste tipo de degradações dos pavimentos flexíveis.
Este facto pode ser originado, em parte, por um comportamento inadequado das misturas betuminosas. Assim, é