paulo lima
Dos suplementos nutricionais, a creatina é um dos mais populares entre os atletas, sendo usualmente ingerida na forma monohidratada, que é bem tolerada pelo organismo proporcionando rápido aumento de sua concentração plasmática. O uso da creatina como suplemento nutricional teve início nos anos 70, onde atletas da extinta União Soviética utilizaram a creatina no intuito de melhorar o desempenho. No entanto a popularidade da creatina cresceu substancialmente no começo dos anos 90, com a notícia que os atletas ganhadores do ouro olímpico, utilizaram creatina como recurso ergogênico.
A creatina foi descrita pela primeira vez no ano de 1832 por um pesquisador chamado Chevreul, ela é uma amina derivada dos aminoácidos glicina, arginina e metionina e pode ser obtida na dieta ou ser sintetizada pelo fígado, pâncreas e rins. A creatina é metabolizada no rim tendo como produto final a creatinina. Em uma alimentação equilibrada a ingestão diária de creatina é de 1 a 2 g, que podem ser obtidas nas carnes, peixes e outros produtos de origem animal. Aproximadamente 120 g de creatina são encontrados no organismo de um indivíduo de 70 kg, estando presente principalmente no músculo
A creatina é um importante composto químico fornecedor de energia para atividades musculares de alta intensidade e curta duração, participando da formação da fosfocreatina por meio de uma reação reversível que libera um fosfato de alta energia da molécula de adenosina trifosfato (ATP), formando assim adenosina difosfato (ADP), sendo esta reação catalisada pela enzima creatina cinase. As quantidades intramusculares de ATP e fosfocreatina são capazes sustentar contrações musculares de alta intensidade por um tempo de aproximadamente 10 segundos.
A suplementação de creatina poderia aumentar os estoques de creatina muscular, embora isto não aconteça em todos os casos, propiciando melhora do desempenho em exercícios de curta duração e alta intensidade. ao contrário de