RESUMO DO LIVRO: O QUE É ENFERMAGEM. LIMA, Maria José de. O que é enfermagem. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. 102 p.
O livro tem como objetivo aprofundar e esclarecer algumas questões sobre Enfermagem, levando em consideração a sociedade que, de forma geral, possui um conhecimento bastante superficial a cerca da profissão. O autor enfatiza que é importante que a Enfermagem não restrinja-se à sala de aula e aos ambientes hospitalares, mas que a sua compreensão se estenda aos meios de comunicação, ajudando a defender os direitos da classe.
UM POUCO DA HISTÓRIA: DA IDADE MÉDIA AOS NOSSOS DIAS
No início, a Enfermagem era praticada por mulheres que eram conhecidas como “sábias”, pelo povo, e feiticeiras, pelas autoridades da época. Os cuidados praticados por elas incluíam fazer partos, assistir recém-nascidos, ensinar higiene, fazer curativos e oferecer apoio aos fragilizados. Os ensinamentos eram passados de geração em geração.
Na Idade Média, essas mulheres foram perseguidas pela Igreja, acusadas, por exemplo, de cometer crimes sexuais contra os homens e de possuírem poderes mágicos que afetam a saúde das pessoas. Com o extermínio dessas mulheres, os processos de saúde x doenças foram progressivamente passados às mãos de especialistas.
Com o passar do tempo, as congregações cristãs foram assumindo as tarefas de cuidar dos enfermos. A Confraria das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo e o Instituto das Diaconisas de Kaiserswerth treinavam mulheres para cuidar de doentes na França e na Alemanha. No século XIX, a precursora da enfermagem moderna, Florence Nightingale promoveu diversas reformas na saúde.
No Brasil, Anna Justina Nery desenvolveu um trabalho semelhante ao de Florence, cuidando dos soldados feridos na Guerra do Paraguai (1870-86).
Até o início do século XX, a enfermagem brasileira era praticada por religiosas que cuidavam dos doentes e preparavam pessoas para exercer essa arte no país.
A primeira Escola de Enfermagem que usava o modelo nightingaleano foi fundada em 1923, graças aos esforços do médico sanitarista Carlos Chagas, então diretor do