Patrística

PATRÍSTICA

O inicio do período patrístico se dá por volta do séc III, um período de decadência do império romano, com a legitimação do imperador Constantino para a liberdade da pratica religiosa. Com isso os cristãos deixam de ser perseguidos fisicamente (com torturas,etc.),mas passam a ser, de certa forma, perseguidos no que diz respeito à suas doutrinas. Mediante a perigos contra a fé e às indagações racionais do tempo, surge um conjunto de textos elaborados sobre a doutrina, sobre o cristianismo e suas diretrizes de fé. Por tanto, a patrística não se refere somente a um momento histórico,mas a esse conjunto de textos doutrinais que orientavam a fé dos cristãos. Estes textos não são de qualquer autoria, mas de autoria dos santos “padres” da Igreja nascente e suas elaborações doutrinárias (daí é que vem o nome Patrística, de PADRE). Graças a eles , consolidou-se a doutrina da Igreja em seus aspectos fundamentais , vencidas as heresias e as controvérsias doutrinárias que ameaçavam a integridade da fé. Foram homens movidos pela providência divina para auxiliar a Igreja em momentos difíceis. Esse trabalho dos Padres da Igreja auxilia na exposição racional da doutrina religiosa, por isso, podem ser considerados como sendo, de certa forma, escritos filosóficos. Com brilho sobrenatural defenderam teses complexas que versavam sobre questões como : a fé e razão, a divindade plena do Cristo , as duas naturezas de Sua Pessoa divina , a natureza da alma, a maternidade divina de Maria , a sua virgindade perpétua , o primado de Pedro , o primado da Sé romana , a necessidade universal da Graça , a Santíssima Trindade , os santíssimos sacramentos , a vida moral, entre muitas outras questões. É, com efeito, o período em que se alicerçam as formulações doutrinais da liturgia, da pratica disciplinar da vida social e moral da igreja. Visaram , nesta produção, uma sabedoria Universal, uma síntese que desse conta da fé para todos os povos. Fizeram da sagrada escritura a