Patristica

Patrística é o nome dado à filosofia cristã que teve inicio no período decadente do império no Séc. II, elaborada pelos padres ou pais da Igreja. Caracteriza-se pela intenção apológica de defesa da fé e conversão dos pagãos. A exposição da doutrina religiosa tenta harmonizar a fé e a razão, a fim de compreender a natureza de Deus e os valores da vida moral. Os primeiros teólogos da filosofia platônica destacaram alguns temas adaptando-os á ótica cristã de valorização do suprassensível, a fim de fundar uma moral rigorosa que defende a abdicação do mundo e o controle racional das paixões. Alguns dos representantes da Patrística são Clemente de Alexandre, Orígenes e Tertuliano, mas a principal figura é o Santo Agostinho. As questões religiosas levam- no aderir à seita dos maniqueus segundo quais há dois princípios divinos o do bem e o do mal. Assim como Platão, Agostinho concentra-se na questão da origem e natureza e distingue dois tipos um imperfeito, mutável, advém dos sentidos, e o outro que é o perfeito, o conhecimento das essências imutáveis. Santo Agostinho se pergunta então como pode a mente humana mutável e falível atingir uma verdade eterna com certeza infalível. Sua resposta a essa questão se encontra em sua teoria da iluminação divina, elaborada com base na teoria platônica da reminiscência (teoria da caverna). Seu trabalho específico sobre a elaboração é um pequeno livro intitulado “De Magistro” ( Do Mestre). O livro apresenta um dialogo entre Agostinho e seu filho. Na obra Santo Agostinho desenvolveu a ideia de que, como toda necessidade humana, inclusive a aprendizagem, em última instância só pode ser satisfeita por Deus, nisto ele se refere na teoria da iluminação, em que o homem receberia de Deus o conhecimento das verdades, pois é Deus que ilumina a razão do homem e torna possível o pensar correto. Agostinho contribui na educação para o reconhecimento de que paralelamente á exposição dos conteúdos, o aluno (discípulo) necessita ser orientado a fim de