Patrística
Patrística – Santo Agostinho Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros séculos, elaborada pelos Pais da Igreja e pelo escritores escolásticos. Consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do Cristianismo e na sua defesa contra os ataques dos "pagãos" e contra as heresias. Quando o Cristianismo, para defender-se de ataques polêmicos, teve de esclarecer os próprios pressupostos, apresentou-se como a expressão terminada da verdade que a filosofia grega havia buscado, mas não tinha sido capaz de encontrar plenamente, enquanto a Verdade mesma não tinha ainda se manifestado aos homens, ou seja, enquanto o próprio Deus não havia ainda encarnado, não existia ainda o Senhor. A patrística divide-se geralmente em três períodos: até o ano 200 dedicou-se à defesa do Cristianismo contra seus adversários, até o ano 450 é o período em que surgem os primeiros grandes sistemas de filosofia cristã , até o século VIII reelaboram-se as doutrinas já formuladas e de cunho original. Santo Agostinho nasceu em 354 em Tagasta, pequena cidade da Numídia, na África. O conjunto dos seres que vivem para Deus, em função da glória divina constitui a cidade celeste. A reunião de pessoas que vivem em função do mundo material, desprezando a vontade divina gera a cidade terrena. A cidade celeste é formada por seres que desapegaram totalmente do mundo material e a cidade terrena é formada por pessoas que estão apegadas as coisas do mundo. O amor dos seres que estão na cidade celeste é denominado de “charitas” e o amor das pessoas que estão na cidade terrena é o amor “cupiditas”. “Charitas” é o amor por Deus e o amor “cupiditas” é o apego a qualquer coisa do mundo material. Deus está no interior de cada alma e Deus é a verdade, assim sendo a verdade deve ser buscada não nas coisas materiais e sim no