patristica
Santo Agostinho Santo Agostinho (354-430). Afeto aos prazeres mundanos na primeira mocidade pretendia se tornar advogado, segundo ele, o sucesso da profissão seria proporcional à capacidade de mentir. Convertido ao cristianismo e batizado em 388, foi ordenado sacerdote em 391 e em 396, nomeado bispo. Suas reflexões, como observa Vergez Huisman (1970), tem como base a própria experiência vivida, colocando o Deus dos cristãos como sustentação dos problemas das verdades eternas. A filosofia de Santo Agostinho, apresenta espacialmente em seus dois livros mais importantes, confissões e a cidade de Deus, liga-se por tanto, diretamente à sua experiência humana, especialmente as relacionadas a paixão. Ele percebe que o homem não pode se libertar completamente, por sua própria força, das solicitações da concupiscência (desejos carnais e materiais) essa libertação precisa do auxílio de Deus. Ele defende a tese de que a alma pode ser iluminada por deus e atingir a verdade das coisas. Em consonância com essa concepção, ele coloca como cerne de sua antropologia a ideia de que Deus é a bondade absoluta, enquanto o homem é um miserável condenado a danação eterna, e que depende da graça divina para se recuperar. Segundo ele, somente Deus por intermédio de Jesus, e por pura compaixão, pode ajudar o homem a superar suas fraquezas, tentações e a se livrar dos diversos males que o afligem. No livro X de confissões, ele assevera: “além da concupiscência da carne - que vegeta na deleitação de todos os sentidos e