patristica
A Idade Média abrange o período entre o século V (queda do Império romano do ocidente) e o século XV (queda do Império Romano do oriente, quando Constantinopla foi tomada pelos turcos). A igreja católica nasce dentro do Império Romano e a princípio é proibida e perseguida, mas paulatinamente vai se fortalecendo até se tornar a religião oficial do Império. Com a crise do Império Romano, a igreja católica emerge como a principal força aglutinadora em um mundo fragmentado pelas invasões bárbaras. A igreja desponta como a grande herdeira do patrimônio cultural da antigüidade clássica. Ela é detentora da escrita e do conhecimento e nos mosteiros encontramse abrigadas as grandes bibliotecas. Dessa forma, a igreja católica se torna a detentora da força espiritual e política do período. Uma das principais questões discutidas nesse tempo é a relação entre teologia e filosofia, ou seja, entre fé e razão.
“No período de decadência do Império Romano, quando o cristianismo se expande, a partir do século II – portanto, ainda na Antigüidade – surge a filosofia dos Padres da Igreja, conhecida também como patrística. No esforço de converter os pagãos, combater as heresias (doutrinas que se opõem aos dogmas da Igreja) e justificar a fé, desenvolvem a apologética, elaborando textos de defesa do cristianismo. A aliança entre fé e razão estendese por toda Idade Média: a razão é auxiliar da fé e a ela subordinada. Daí a expressão agostiniana ‘Credo ut intelligam’, que significa ‘Creio para que possa entender’.
Os padres recorrem inicialmente à filosofia platônica por intermédio do neoplatonismo de Plotino (204270) e realizam uma grande síntese com a doutrina cristã, adaptando o pensamento pagão. O principal nome da patrística é Santo Agostinho (354
430), bispo de